segunda-feira, 24 de novembro de 2008

BIOCOMPUTAÇÃO

Centros de pesquisa de várias partes do mundo estão unindo a engenharia genética e a computação para criar a biocomputação. Os cientistas estão trabalhando para criar células com genes que possam somar números, guardar os resultados em algum tipo de memória, contar tempo e, no futuro, executar programas. O objetivo não é apenas substituir os chips de silício que hoje estão presentes em todos os equipamentos eletrônicos. A ciência está buscando criar células que possam ser programadas para sintetizar substâncias químicas quando necessário. Esses organismos poderiam, por exemplo, ser injetados na corrente sanguínea dos diabéticos e liberar insulina toda vez que fosse necessária, eliminado a preocupação com horários e doses de injeções. O cruzamento com o biológico é uma outra área apenas nascente, que misturará os implantes digitais no corpo humano com o uso do conhecimento sobre o DNA humano na criação de potentes "bio-chips”.
Estima-se que um bloco de um centímetro cúbico de DNA pode armazenar qualquer coisa como um trilhão de "bits" de informação. Para muitos analistas, o desenvolvimento de tecnologias capazes de "reproduzir" esta capacidade imensa poderá ser uma das saídas para o impasse a que chegarão as atuais tecnologias de semicondutores, quando a miniaturização atingir os seus limites de rentabilidade e eficácia daqui a 10 ou 15 anos (MIT).
Outra possibilidade é a produção de band-aids que analisam os ferimentos e decidem pelo melhor tratamento. O professor da Universidade de Boston, James Collins, acredita que talvez em cinco anos soldados possam carregar biochips capazes de detectar o lançamento de agentes tóxicos. De acordo com um artigo publicado no MIT's Technology Review, explica que atualmente essa área da ciência ainda está na primeira infância. Na universidade de Boston recentemente foi produzido um sistema genético capaz de guardar um "bit" de informação. A biocomputação está mais ou menos onde estavam os pioneiros da computação em 1920 (MIT).
Fonte: www.cibersociedad.net