domingo, 30 de novembro de 2008

Recessão nos EUA começou em dezembro de 2007, diz centro de pesquisa

A recessão na economia americana teve início em dezembro do ano passado, segundo anúncio feito nesta segunda-feira pelo Nber (Escritório Nacional de Pesquisa Econômica, na sigla em inglês).

O Nber é um dos principais institutos de economia dos EUA e responsável por avaliar quando o país está oficialmente em recessão ou não e quando esta acabou.

O comitê no centro de estudo se reuniu em uma teleconferência no último dia 28 para avaliar a situação da economia, diz um comunicado do Nber. "O comitê determinou que um pico na economia dos EUA ocorreu em dezembro de 2007. O pico marcou o fim do ciclo de expansão começado em novembro de 2001 e o início da recessão."

Segundo o comunicado, o período de expansão durou 73 meses. O período anterior de expansão, nos anos 90, durou 120 meses, segundo o documento.

Alguns analistas ainda dizem que o atual declínio na economia dos EUA vai persistir até meados de 2009 e será o mais severo desde a recessão no início dos anos 80, segundo a agência de notícias Associated Press.

Na semana passada, o Departamento de Comércio informou que a economia dos EUA teve uma contração de 0,5% no terceiro trimestre deste ano, maior que a de 0,3% anunciada no fim de outubro, segundo dados revisados. As perspectivas para a economia americana no quarto trimestre são de uma nova contração.

Uma recessão, segundo o Nber, é um significativo declínio na atividade econômica difundido pela economia como um todo e que costuma durar mais que alguns poucos meses. Normalmente os efeitos de uma recessão são visíveis na produção, no mercado de trabalho, nos salários e em outros indicadores econômicos. Ela começa quando a economia atinge um pico do ciclo econômico e termina quando atinge o ponto mais baixo. Entre esse ponto e o pico, a economia registra expansão.

Outros indicadores econômicos divulgados nos últimos meses dão idéia da situação crítica em que o país se encontra. Em outubro o país perdeu 240 mil postos de trabalho, e a taxa de desemprego, por sua vez, subiu para 6,5% --a pior desde fevereiro de 1994, quando ficou em 6,6%.

"O comitê considera a medida do mercado de trabalho, que é baseada em uma ampla pesquisa entre empregadores, como a estimativa mais abrangente em emprego", diz o comunicado do Nber. "Essa série atingiu um pico em dezembro de 2007 e tem declinado a cada mês desde então."

Hoje, o ISM (Instituto de Gestão de Oferta, na sigla em inglês) informou que a atividade no setor manufatureiro dos EUA caiu em novembro ao seu menor nível desde maio de 1982; o índice apurado pelo instituto ficou em 36,2 pontos no mês passado, contra 38,9 pontos em outubro.
Já o Departamento do Comércio informou que os gastos no setor de construção tiveram uma queda de 1,2% em outubro. O resultado superou as expectativas dos analistas, que previam uma queda menor, de 0,9%. O dado de outubro também representa uma queda de 4,6% em relação a outubro de 2007. Os gastos em construção no segmento residencial, a queda registrada em outubro foi de 3,5% em relação a um mês antes.

Para UNE, solução para meia-entrada seria carteira nacional única

28 de novembro de 2008 às 17:52
Por Ana Luiza Zenker - Agência Brasil

Brasília - Na avaliação da União Nacional dos Estudantes (UNE), o grande problema da meia-entrada para estudantes em eventos culturais, no Brasil, é o grande número de carteiras falsificadas, e não o usufruto do direito a pagar metade do valor da entrada pelos estudantes.

“A UNE [União Nacional dos Estudantes] tem dito, a forma de resolver o problema da meia-entrada no país é aprovando e fazendo com que tenha uma carteira única, padronizada em nível nacional, distribuída para os estudantes brasileiros”, afirmou essa semana a presidente da UNE, Lúcia Stumpf.


Ela reiterou que a instituição é contrária ao projeto aprovado esta semana, que estabelece cotas para a meia-entrada de estudantes. “É um direito conquistado já há mais de quatro décadas no país que precisa ser usufruído de forma plena pela juventude”, disse.


De acordo com a presidente da UNE, o projeto atende somente aos interesses econômicos do setor artístico e cultural, “que é bom lembrar, já é o setor privado mais beneficiados por leis de incentivo e de fomento via benefícios estatais”.


Lúcia Stumpf informou que a UNE vai lutar para que o projeto tenha que ser apreciado pelo Plenário da Câmara. Ele foi votado com caráter terminativo na Comissão de Educação, o que dispensaria uma nova votação, incluindo todos os deputados. No Planário, os estudantes esperam conseguir votos suficientes para barrar o projeto de lei.