domingo, 2 de novembro de 2008

O preço de ser CEO: você quer mesmo pagar?




31 de outubro de 2008 às 00:10
Por Karin Sato - InfoMone



SÃO PAULO - "O CEO (sigla em inglês para diretor executivo) precisa ser excelente em três aspectos: ele precisa melhorar continuamente os resultados do negócio, estar sempre desenvolvendo suas competências enquanto profissional e saber lidar com a equipe, de maneira que ela apresente bons resultados".

A explicação é da vice-presidente da SBC (Sociedade Brasileira de Coaching), Flora Victoria, que conclui: "Então a palavra principal no dicionário do executivo é resultado".


O executivo bom

Em resumo, o executivo deve ser bom. Bom o suficiente para fazer análise de mercado e planejamento estratégico. Bom para desenvolver uma visão sistêmica do negócio. Bom para lidar com os acionistas. Bom para estimular a equipe.

E o pior de tudo isso é que tem muita gente boa por aí, mas que não obtém os resultados esperados. "Muitas vezes, o CEO entende do negócio, mas lhe faltam competências ou ele tem as competências, mas não entende do negócio", afirma a vice-presidente da SBC.

Ela acrescenta: "Há profissionais que são excelentes fazedores, mas que não conseguem estimular a equipe. E um CEO não pode se dar ao luxo de fazer. Ele tem que fazer as pessoas fazerem, sabendo extrair o melhor de cada indivíduo. Há ainda aqueles que entendem do negócio, mas que têm dificuldade de negociar, ou conduzir uma reunião ou ainda de fazer uma apresentação".


Como ser bom em tudo?

Para ser bom em tudo, é preciso se dedicar. Não raro, em detrimento do lazer e dos momentos com a família. As diversas situações devem ser analisadas e as decisões devem ser tomadas muito rapidamente. E são muitas variáveis: os clientes, os acionistas, o mercado, o concorrente.

O problema de tanta dedicação, segundo Flora, é que um bom CEO acaba se envolvendo em demasia e, consequentemente, sofrendo de estresse. Por sua vez, o estresse acarreta dificuldades no processo cognitivo, ou seja, no raciocínio do profissional. "Ele fica tão envolvido que acaba tomando decisões equivocadas e se desequilibrando ao se comunicar com subordinados", explica."

O estresse ainda implica problemas hormonais. Isso porque ele gera adrenalina e cortisol, o que causa insônia, porque o CEO não se desliga dos problemas. Isso sem falar de doenças como pressão alta e gastrite".