segunda-feira, 27 de outubro de 2008

A falta de tempo dos executivos não é verdade

Artigo publicado por Sandra Regina Inácio em 26/10/08 no Diretório de Artigos - Artigonal

Pesquisa da Manager confirma o senso comum. O executivo brasileiro é um homem ou mulher sem tempo. Tivesse tempo, buscaria o que tanto precisa: informação, conhecimento e novas competências. Mas não será a falta de tempo mais um mito da vida de executivo?
Talvez tudo se resuma a uma questão de estilo. Quando um executivo ascende a um cargo importante, o pacote já vem pronto: carro, secretária, agenda lotada e assistência médica, para as primeiras pontes de safena. Dai em diante, a cordialidade e a disponibilidade desaparecem. Em seu lugar, o executivo tem de parecer ocupado e distante, o relógio no pulso e o mundo nas costas. Executivos estão sempre com a mente no trabalho e os olhos no relógio. Nesta era turbulenta e incerta, a obsessão pelo trabalho foi glamourizada e transformada em estilo de vida. A ansiedade tornou-se estado (permanente) de espírito e o. tempo tornou-se moeda escassa.

A atitude das pessoas diante do tempo é curiosa. Alguns tentam culpá-lo por todas as coisas que não são feitas. Por que, afinal, o dia não tem 30 horas, outros se organizam para mais bem aproveitar suas 24 horas. E é por isso que termino o artigo concordando plenamente com a autora e o filósofo Michel Setres, que sugeriu: "Agora, todo mundo tem relógio e ninguém tem tempo. Troque um pelo outro: dê o seu relógio e aproveite o seu tempo".